domingo, 3 de agosto de 2014
Visitas com RAÍSSA

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Depois de apresentados ao Fabiano foi a vez de conhecermos a agente de saúde Raíssa Paula A. Alves, que assim como o Fabiano foi bastante atenciosa e calma conosco e também estava realizando os cadastros familiares, sua micro-área de atuação era um pouquinho mais distante do posto, mas mesmo assim, nada comparado com o ALTO ALEGRE.

Assim como nas visitas passadas o recadastramento continuou sendo feito, paralelo as atividades corriqueiras do agente de saúde, como remarcações e informações sobre o posto de todo tipo além disso, com nossa presença o adicional do peteleco dos cuidados da saúde bucal e da necessidade da ida ao posto para consultas regulares.

As famílias dessa micro-área também eram bastante humildes e como da passada também não possuíam em sua maioria plano de saúde particular e era o posto o principal responsável pelos cuidados básicos de atenção em saúde deles.

A Raíssa além de nos apresentar a ficha que já conhecíamos de cadastro familiar, nos mostrou também a de cadastro individual e a de atendimento as residências.


Verso da ficha de cadastro individual
frente da ficha de cadastro individual
Ficha de Visita Domiciliar

Nessa ficha de visita familiar são colocadas todas as informações referentes ao atendimento realizados no dia na residencia visitada e ela explicou também que essa ficha substituía as passadas em que o visitado tinha que assinar os cadernos. Tudo agora, de acordo com ela, é feito com o cartão do SUS e único e exclusivamente com os números dele.

Mais fotos das visitas:







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Visitas com FABIANO

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Depois do aperreio que foi o quarto dia de visitas, em que ocorreu o tiroteio lá no Buenos Aires, na área do Alto Alegre, nossas visitas passaram para serem feitas na região mais próxima mesmo do posto de Saúde, e com isso houve a mudança dos agentes de saúde que iriam nos acompanhar. Nós vamos dividir as visitas finais em dois posts, um dedicado as idas com o Fabiano de M. Pereira e outra com as idas com a Raíssa Paulo A. Alves.

Nesse primeiro, trataremos das idas com Fabiano, que se mostrou um agente bastante legal e prestativo, as visitas tiveram todas caráter de recadastramento das famílias no sistema do SUS, com um cadastro domiciliar e outro individual de cada membro da família.

Ficha do Cadastro Domiciliar

E continuou aquela coisa, o agente saúde mostrando que conhece cada membro da família e fazendo seu papel de aproximador do posto com a comunidade e consequentemente dos serviços de saúde. 

O cadastro consiste numa série de perguntas feitas para serem colocadas no sistema afim de melhorarem o prontuário do paciente e aumentarem significativamente as informações básicas, tanto de saúde quanto de condição social da população. Entre um cadastro e outro tínhamos uma remarcação de consulta, reposição de medicamentos ou troca de informações sobre serviços prestados no posto, assim como o lembrete básico de levar as crianças para pesarem e medirem a cada seis meses, entre outras coisas.

Nessas visitas com Fabiano podemos conhecer um pouco mais das famílias do Buenos Aires e acabamos percebendo que elas, em sua grande maioria utilizam-se dos serviços do posto para seu benefício, pouquíssimos habitantes das áreas que a gente visitou possuíam algum plano de saúde particular e foi apartir dessa informação que constatamos isso.


Nós aproveitávamos também as idas com o Fabiano para falar da importância de ir ao dentista e inclusive influenciamos algumas marcações de consultas para alguns dos moradores da região. De certa forma acabamos nos sentindo importantes por isso, pois estávamos contribuindo com a melhoria da saúde dessas famílias e aumentando seu cuidado para com eles mesmos. Quando não possível marcar consultas falávamos ao menos dos cuidados básicos de higiene bucal.




 E foram assim que seguiram as atividades com esse agente nessa micro-área. Foi muito gratificante e um pouco cansativo também, não é fácil caminhar no sol das 2 da tarde de Teresina a 38ºC.

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Atividade de Educação em Saúde

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A CASA MARIA MENINA



"A gravidez na adolescência, aliada a um cenário de riscos e preconceitos, fragilizam os laços familiares e comunitários das adolescentes, tornando-se um dos maiores desafios sociais em nosso país. A Casa Maria Menina procura intervir nessa realidade, promovendo ações que possibilitem uma gestação saudável e a resignificação dos vínculos sociais. Único serviço do Estado do Piauí a atuar especificamente com esse público, a Casa tem como prática uma intervenção qualificada junto à adolescente e seu grupo familiar, compreendendo ações e atenções que favoreçam a promoção de direitos e o fortalecimento da função protetiva da família. A Casa Maria Menina estende seu atendimento até seis meses após o parto."

Quadra 76 - Casa 02 - Conjunto Dirceu Arcoverde I
Teresina - Piauí
Tel: (86) 3231-9580




Foi partindo desse pressuposto que nós da Atividade em Saúde Coletiva I  escolhemos esse lar para fazer a atividade de Educação em Saúde. Supervisionados pela Prof. Marcoeli Moura fomos ao lar, praticar atividades para com as gestantes e já mães, nos dividimos em dois grupos que prepararam atividades que integrassem as duas categorias de jovens presentes na casa, tanto gestantes quanto as mães que ficam lá até seis meses depois do parto. 

Proporcionamos palestras educativas sobre saúde bucal, cuidado da gestante e do bebê, tentamos dentre todas as coisas nos integrar com as jovens e tentar fazer com que elas se sentissem à vontade diante da atividade. Tivemos também um momento de reflexão que resultou numa conversa bem construtiva sobre gravidez na adolescência, tentando frisar que isso não seria o fim de tudo, nem um ponto final que as impedisse de continuar atrás de seus objetivos.

Além disso foi proporcionado um lanche e momento de descontração com brindes e brincadeiras para todas.

O lar foi bastante receptivo conosco e ainda disse aguardar novas visitas, que parecem já estarem sendo planejadas.
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#Quarto Dia

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E então a esperada visita as famílias do Buenos Aires chegou. Nesse dia, como iriamos de ônibus por não se tratar de uma 'aula-campo no posto' logo cedo nós duas fomos para a parda, por volta das 13:30, já que havíamos marcado com David na 'parada de ônibus do escolão' as 14:00. E assim fizemos, pegamos o Universidade Circular II em direção ao Buenos Aires e descemos na parada esperada e lá ficamos aguardando David, que por algum atraso não estava na hora marcada.

No entanto continuamos pacientemente na parada, entendendo que David logo chegaria. Nesse meio tempo um certo homem sentou junto da gente no banco e começamos a suspeitar, pois a área é realmente perigosa e nós como não conhecemos nada por lá, assim que observamos algo estranho já começamos a ter medo. O fato é que por precaução decidimos atravessar a rua e 'se abrigar' numa lanchonete até a hora que fosse preciso.

Depois disso tudo aconteceu muito rápido, a precaução valeu de muita coisa nessa hora, quando menos percebemos havia um tiroteio na nossa frente, contra o homem que estava a poucos minutos sentados conosco no banco. Correria, desespero e medo, isso foi o que definiu esse momento e a primeira visita no Buenos Aires.

Depois disso não conseguimos fazer mais nada, fomos acudidas pelas senhoras da lanchonete, que nos abrigaram tanto durante todo o acontecimento quanto depois, tentando nos acalmar e controlar de alguma forma a situação.  Ficamos lá por mais ou menos uma meia hora e voltamos pra universidade ainda muito abaladas. E esse foi o saldo, não positivo da primeira ida ao campo e que com certeza nos encheu de medo, dúvidas e pouca vontade de continuar com tudo isso.
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domingo, 22 de junho de 2014
#Terceiro Dia

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Apresentação de Relato Bibliográfico


O terceiro dia das atividades da saúde coletiva ficou reservado para ser feita uma apresentação de relatos bibliográficos que foram indicados pelo próprio professor Otacílio. De início os alunos ficaram meio tensos pois foi pedido que essa apresentação fosse feita de forma criativa e diferente, logo começamos a descartar a possibilidade de usarmos slides e data show, que é a forma tradicional de apresentação e que portanto não deveria ser criativa rs. A partir dai muitas ideias começaram a surgir, cartolinas, paródias, historinhas, apresentações... houve até quem cogitasse a dançar. No fim, todo mundo conseguiu se resolver e o resultado foram apresentações bastante dinâmicas, cheia de interações e que possibilitaram uma discussão muito construtiva a respeito de todos os artigos.

Nós ficamos com o artigo "Nem tudo é estágio" dos autores Marcos Azeredo Furquim Werneck, Maria Inês Barreiros Senna, Marisa Maia Drumond e Simone Dutra Lucas. Resumidamente este artigo fala sobre a política adotada pelo estágio supervisionado nas universidade e em especial mostra o caso de uma universidade de Minas Gerais. Segue abaixo o resumo do artigo: 

Resumo O artigo versa sobre o estágio supervisionado,tratando-o como uma oportunidade fundamental de consolidação do espaço pedagógico, capaz de enfrentar, positivamente, os desafios lançados pelas Diretrizes Curriculares para os Cursos de Graduação em Odontologia. Não se trata de uma proposta nova, mas de uma luta pela transformação das práticas de ensino que tem origem nos anos setenta, no movimento de integração docente assistencial, até os dias atuais. Aborda o espaço dos serviços públicos de saúde e o mundo do trabalho como aspectos centrais de uma nova prática pedagógica, com potencial para se alcançar um perfil profissional com consciência crítica e capacidade de compreender a realidade e intervir sobre ela. Aponta para os riscos de se compreender – e confundir – estágio com prática intramuros, reproduzindo, sob o nome de estágio curricular supervisionado, práticas tradicionais, com ênfase em aspectos tecnicistas e biologicistas sem potência para alcançar as mudanças propostas pelas Diretrizes Curriculares. Ao ressaltar a importância do estágio curricular supervisionado na formação profissional, fica estabelecido um diálogo com a ABENO, contestando algumas de suas posições. Neste sentido, o artigo mostra a necessidade
de uma discussão que agregue o maior número possível de faculdades de odontologia. 

Palavras-chave Estágio, Integração docente assistencial, Ensino odontológico 

O que o artigo quis dizer é que os estágios propostos pelas universidades são bastante diferentes do que o profissional da área da odontologia vai encontrar quando sair da sala de aula e começar sua vida profissional. E toda a discussão girou em torno disso, que o aluno precisa antecipadamente conhecer seu campo de serviço, com as dificuldades que lá existem e aprender lidar também com as adaptações que foram feitas no local de trabalho para que assim seja possível dar continuidade as atividades no serviço publico e isso foi bastante construtivo, pois a partir dai foi possível aumentar o campo de visão do aluno para que ele saiba que nem sempre será possível realizar as práticas conforme ele aprendeu no ambiente da universidade, com todas as técnicas e protocolos requisitados e que quase sempre, nesse tipo de serviço, motivados pela sua força de vontade ele se deparará com situações em que vai ser obrigado a improvisar uma solução para dar continuidade aos serviços. Também entrou no campo de discussão que o ambiente da universidade nem sempre é muito saudável para o paciente, pois 'trava-o' de mostrar o que ele realmente é e isso em alguns casos o faz omitir informações que seriam importantíssimas para seu tratamento.

Foi portanto possível compreender a importância das atividades extra muros para a formação do profissional da área odontológica, bem como também de todos os profissionais das áreas de saúde e que além disso é muito importante que o próprio aluno tome consciência na realização dessas atividades e que tente ao máximo absorver tudo que elas lhe podem oferecer.

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#Segundo Dia

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O segundo dia de atividades da Saúde Coletiva I ocorreu no dia 15 de maio de 2014 e contou apenas com a participação de nós duas, Islany e Natiele, nas atividades do posto. O planejado como dito no post anterior seria a visita as residências da área que o agente de saúde David cobre, porém quando chegamos lá descobrimos que a tal área fica bastante afastada do posto e isso foi o empecilho geral da não ida as visitas, sendo que o principal motivo seria a falta de transporte até lá e como o próprio David, agente de saúde citou "a caminhada vai ser longa, não sei se possível".

Como a primeira atividade não foi possível procuramos prontamente outra coisa pra fazer, afinal não poderíamos perder a tarde ee de pronto já remarcamos as visitas domiciliares para a outra semana, com local marcado para nos encontrar afim de cortarmos caminho e diminuir as dificuldades de deslocamento, tanto para a dupla quanto para o próprio agente comunitário de saúde. Depois disso fomos fazer o reconhecimento físico do posto e tirar fotos para mostrar aqui como lá funciona, além disso tivemos uma conversa bastante construtiva com o próprio David que fez questão de explicar detalhe por detalhe suas atividades na Unidade de Saúde da Família do Buenos Aires.

O que foi constatado com a conversa com David é que o agente comunitário deve ter um papel importantíssimo na ligação entre o posto de saúde e a comunidade e que ele é responsável por trazer quem precisa de atendimento as unidades de saúde, ou seja, seu trabalho é imprescindível para a saúde da população. David mostrou que tem conhecimento da sua área e que já sabe o que cada um de seus pacientes necessita. E só a título de curiosidade vamos colocar aqui os dados que ele nos repassou sobre sua micro-área:

MICRO-ÁREA 4, ÁREA 94

145 familías; sendo que:

3 gestantes, 19 crianças menores de 5 anos, 66 idosos, 35 hipertensos, 21 diabéticos e 5 crianças menores de 2 anos; 

O que nós podemos perceber a partir de toda essa conversa é que o posto ainda tem certos problemas de funcionamento, como a má distribuição da área dos agentes de saúde mas percebemos que isso também não é motivo para que eles não façam seu trabalho, eles estão lá, presentes e procurando ajudar a população da área. Uma coisa que já sabíamos por tanto ouvir falar é da proximidade agente-paciente, o próprio David demonstrou total conhecimento dos seus 'clientes', citando nomes, problemas de saúde e todas as necessidades especiais, isso de certa forma deve ser visto como uma coisa boa e como ponto positivo de funcionamento do SUS, onde o problema nesse caso tem a oportunidade de ser resolvido por quem está perto.

E agora esperamos pelo terceiro dia, afim de conhecer o campo propriamente dito e tentar entender melhor como funciona a Saúde da Família no Buenos Aires.

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sábado, 17 de maio de 2014
#Primeiro Dia

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Nossa primeira visita a Unidade de Saúde da Família | Buenos Aires ocorreu no dia 8 de maio de 2014 e serviu como apresentação das instalações do posto de saúde bem como um reconhecimento por parte dos funcionários para conosco, Islany Lima e Natiele Carvalho, alunas do 4º período e da outra dupla que nos acompanhou, e que irão ficar efetivamente no posto, cumprindo atividades da Saúde Coletiva II, Isaac Torres e Breno Nogueira.

O primeiro dos nossos desafios foi sem dúvida o deslocamento, por sorte no primeiro dia tivemos a oportunidade de irmos de carro para o lugar que ainda era desconhecido por todos nós, mas nem isso impediu que nos perdêssemos primeiro antes de darmos de cara com o posto rs. Ao chegarmos lá nos deparamos com as cenas típicas dos postos de saúdes comunitários no início dos expedientes: diversos pacientes aguardando atendimento.

Fomos no primeiro momento apresentados a Dra. Maria do Rosário de Carvalho Leite e a seu Auxiliar de Saúde Bucal Francisco Rossivaldo da Silva Sousa (uma graça, precisamos comentar). Os dois receberam a nós quatro com muita hospitalidade e já de início demonstraram que estavam integrados com as atividades que a Universidade propõe para nós com eles. A Dra. Rosário comentou um pouco sobre a história do posto e das suas atividades no mesmo, chegando a relatar que antes mesmo de funcionar naquele prédio o posto tinha suas instalações no próprio Hospital do Buenos Aires e que desde lá já trabalhava no mesmo, há 10 anos, juntamente com o ASB Rossivaldo.


De uma forma geral foi nos explicado como a área odontológica do posto funciona. As marcações de consultas acontecem uma vez por mês e que para serem atendidos os pacientes precisam pegar uma senha no posto pelo período da manhã e voltarem para as palestras educativas durante a tarde, após isso receberão o direito de 3 consultas na unidade, a CD explicou também que acabada essa cota de 3 consultas e caso o tratamento continue incompleto é necessário que o paciente repita o processo. Achamos de certa forma essa 'burocracia' para consultas pertinente, já que assim o paciente antes mesmo de começar o tratamento odontológico já vai receber instruções de higiene bucal, entender como funciona e qual a importância da sua dentição, afim de alertá-lo para os cuidados bucais e já diminuir assim os problemas que poderão aparecer. Ainda sobre o atendimento odontológico que lá se inicia as 13:30 da tarde, com 4 pacientes já marcados para a Dra. Rosário, mas com mais vagas caso apareça alguma urgência.

Não podemos deixar de mencionar como são bastante entrosados o ASB Rossivaldo e a própria Dra. Rosário, provavelmente por que  já trabalham há muitos anos, como explicaram, de qualquer forma isso é bastante positivo pois melhora significativamente as atividades no consultório, como os recursos são reduzidos é preciso jogo de cintura e boa vontade da parte de quem lá trabalha e com a união dos profissionais isso fica muito mais fácil.

Por fim, sobre nossas primeiras impressões dessa nova jornada é que ainda é tudo muito novo e que por enquanto estamos apenas observando para a partir de um certo momento (esperamos que em breve!) possamos contribuir para a funcionalidade da Unidade de Saúde da Família do Buenos Aires. Na próxima semana já temos marcadas atividades com um dos Assistentes de Saúde do Posto, David, que planeja nos levar a visitas domiciliares, estamos ansiosas.Também fomos comunicadas de que participaremos de atividades educativas nas escolas da região e também mal podemos esperar para estar lá e postar aqui sobre como foi tudo.

Vejam mais fotos:




Até a próxima semana!
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