O segundo dia de atividades da Saúde Coletiva I ocorreu no dia 15 de maio de 2014 e contou apenas com a participação de nós duas, Islany e Natiele, nas atividades do posto. O planejado como dito no post anterior seria a visita as residências da área que o agente de saúde David cobre, porém quando chegamos lá descobrimos que a tal área fica bastante afastada do posto e isso foi o empecilho geral da não ida as visitas, sendo que o principal motivo seria a falta de transporte até lá e como o próprio David, agente de saúde citou "a caminhada vai ser longa, não sei se possível".
Como a primeira atividade não foi possível procuramos prontamente outra coisa pra fazer, afinal não poderíamos perder a tarde ee de pronto já remarcamos as visitas domiciliares para a outra semana, com local marcado para nos encontrar afim de cortarmos caminho e diminuir as dificuldades de deslocamento, tanto para a dupla quanto para o próprio agente comunitário de saúde. Depois disso fomos fazer o reconhecimento físico do posto e tirar fotos para mostrar aqui como lá funciona, além disso tivemos uma conversa bastante construtiva com o próprio David que fez questão de explicar detalhe por detalhe suas atividades na Unidade de Saúde da Família do Buenos Aires.
O que foi constatado com a conversa com David é que o agente comunitário deve ter um papel importantíssimo na ligação entre o posto de saúde e a comunidade e que ele é responsável por trazer quem precisa de atendimento as unidades de saúde, ou seja, seu trabalho é imprescindível para a saúde da população. David mostrou que tem conhecimento da sua área e que já sabe o que cada um de seus pacientes necessita. E só a título de curiosidade vamos colocar aqui os dados que ele nos repassou sobre sua micro-área:
MICRO-ÁREA 4, ÁREA 94
145 familías; sendo que:
3 gestantes, 19 crianças menores de 5 anos, 66 idosos, 35 hipertensos, 21 diabéticos e 5 crianças menores de 2 anos;
O que nós podemos perceber a partir de toda essa conversa é que o posto ainda tem certos problemas de funcionamento, como a má distribuição da área dos agentes de saúde mas percebemos que isso também não é motivo para que eles não façam seu trabalho, eles estão lá, presentes e procurando ajudar a população da área. Uma coisa que já sabíamos por tanto ouvir falar é da proximidade agente-paciente, o próprio David demonstrou total conhecimento dos seus 'clientes', citando nomes, problemas de saúde e todas as necessidades especiais, isso de certa forma deve ser visto como uma coisa boa e como ponto positivo de funcionamento do SUS, onde o problema nesse caso tem a oportunidade de ser resolvido por quem está perto.
E agora esperamos pelo terceiro dia, afim de conhecer o campo propriamente dito e tentar entender melhor como funciona a Saúde da Família no Buenos Aires.
Mais fotos:
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